A importância da neuroeducação no relacionamento entre pais e filhos

A comunicação entre pais e filhos, apesar de ser essencial para o desenvolvimento emocional e social de crianças e adolescentes e também para o fortalecimento do vínculo familiar, nem sempre é um processo fácil. Muitas vezes, há algumas barreiras e dificuldades que impedem o diálogo, daí a importância da neuroeducação e da Programação Neurolinguística (PNL) , que ajudam a compreender como o cérebro de ambos se adapta para operar essa interação.
Quando uma pessoa se comunica melhor, é mais assertiva e causa os resultados que busca. Muitos pais erraram ao achar que somente a crítica vai fazer filhos melhores, porém o cérebro enxerga a crítica como algo desconfortável e uma ameaça. A chance do cérebro acolher a crítica como algo bom que deve ser seguido é mínimo.
Além disso, o PNL pode quebrar ciclos negativos nas relações familiares, ajudando a ressignificar más, sair de padrões automáticos de ocorrência, como gritar, se calar ou se afastar, e criar novas formas de diálogo mais conscientes e saudáveis. Muitas vezes, a paz nas relações começa quando uma pessoa decide mudar o jeito de se conectar com o outro.
A forma como pais e filhos se comunicam influência no vínculo afetivo, pois ela pode construir ou destruir esse vínculo, afinal, palavras não são apenas filhos, elas carregam energia emocional. Quando os pais se comunicam de forma acolhedora, validando sentimentos, ouvindo de verdade e incentivando o crescimento, o filho se sente amado e livre para ser quem realmente é. As palavras têm poder e moldam nossos pensamentos, comportamentos e hábitos. Usar palavras de incentivo, com afirmações sobre a capacidade dos filhos, construirá uma autoestima saudável. A maneira como conversamos molda o que o outro sente sobre ele mesmo e sobre o nosso relacionamento. É por isso que cuidar da comunicação, na prática, é cuidar deste vínculo.
As técnicas de PNL também ajudam a aliviar a culpabilidade que muitos pais podem carregar em relação à educação dos filhos. Ela pode ser uma grande aliada porque trabalha na raiz dessa emoção, ou seja, a forma como interpretamos os acontecimentos. Muitas vezes, a culpa nasce de pensamentos distorcidos, como 'eu deveria ter feito melhor' ou 'eu falhei'. Por meio do PNL, os pais aprendem a reestruturar essas narrativas internas, confirmando que fazem o melhor que podem com os recursos que não têm momento. Além do mais, uma pessoa não pode se culpar pelo conhecimento que ainda não tem.
Marcela Miranda, especialista em práticas de aprendizagem acelerada e em Neuroeducação e Programação Neurolinguística (PNL) e autora do best-seller Mente aberta, língua solta
