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Boom das franquias físicas: crescimento surpreende e redes lançam modelos de baixo risco

Mercado fechou com crescimento de quase 14% no ano passado; marcas tradicionais apostam no modelo de negócio. Imagem: Divulgação
Foto de capa Boom das franquias físicas: crescimento surpreende e redes lançam modelos de baixo risco
Mercado fechou com crescimento de quase 14% no ano passado; marcas tradicionais apostam no modelo de negócio. Imagem: Divulgação
Publicado em
16/05/2025

O mercado de franquias brasileiro superou as expectativas em 2024 e registrou crescimento nominal de 13,5%, alcançando um faturamento de R$ 273,08 bilhões. A alta superou a projeção inicial da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que estimava avanço de 10% no ano. No último trimestre, o setor também manteve o ritmo de expansão, somando R$ 81,08 bilhões em receitas — um crescimento de 11,3% sobre o mesmo período de 2023.

Com a retomada da confiança do consumidor e a força das vendas presenciais, o franchising vem atraindo investidores e redes de olho na abertura de novas unidades físicas. O movimento é puxado por segmentos nos quais a experiência de compra ainda é decisiva, como o de móveis e colchões, em que cerca de 80% das vendas seguem concentradas nas lojas físicas, segundo levantamento da ABF.

Diante desse cenário, algumas marcas apresentam modelos de franquia para reduzir o risco do franqueado e acelerar a expansão. Entre os exemplos está a Castor, tradicional fabricante de colchões, que tem a franquia tradicional e mais de uma opção, a chamada Smart, que tem atraído investidores por ser uma aposta em um modelo sem cobrança de taxa de franquia e com estoque consignado, o que minimiza os custos iniciais. Atualmente, a rede conta com 317 unidades franqueadas.

“Temos muitos clientes que já conhecem a marca e chegam na loja decididos a comprar. Isso facilita muito o trabalho do franqueado”, relata Ivan Sidney Silva, franqueado da Castor no interior do Paraná. Segundo ele, o fluxo de clientes fidelizados ajuda a garantir o equilíbrio financeiro da operação e encurta o prazo de retorno, estimado entre seis e doze meses.

Para especialistas, o crescimento acima da expectativa reforça uma tendência de busca por modelos de negócio mais enxutos e sustentáveis financeiramente, especialmente em setores que demandam o contato direto com o produto. Além de estratégias de redução de risco, algumas redes também apostam em práticas de responsabilidade ambiental, como logística reversa e uso de materiais certificados.

A expectativa da ABF é de que o setor mantenha o ritmo de crescimento em 2025, com destaque para os modelos híbridos e negócios que conseguem equilibrar rentabilidade e propósito. Já que o mercado brasileiro ainda tem espaço para expansão das franquias físicas, especialmente em regiões onde o consumo presencial continua sendo o principal canal de vendas.

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