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Como "vender seu peixe" em uma entrevista de emprego?

Por Jordano Rischter
Foto de capa Como "vender seu peixe" em uma entrevista de emprego?
Por Jordano Rischter
Publicado em
29/06/2025

Você até pode ter um bom currículo e experiências significativas que o destaquem no mercado, mas se não souber como “vender o seu peixe” na entrevista, nenhuma dessas conquistas poderá ser suficiente. Isso é, muitos profissionais têm dificuldade em articular sua história de forma coerente na conversa com os recrutadores, o que precisa ser bem treinado e trabalhado para que reforcem seus maiores legados construídos e de que forma podem contribuir com a realidade e expectativas da empresa.

Segundo um estudo da Harvard Business Review, 80% da rotatividade de funcionários se deve a más decisões de contratação, e 45% das más contratações são atribuídas à falta de processos. Os custos dessas ações podem ser bastante altos, com estimativas variando de US$ 18.700 a centenas de milhares de dólares no caso de cargos de nível executivo. Mas, quais fatores comprometem essa eficácia? Principalmente, a falta de fit cultural entre as partes.

Esse é um dos pilares mais complexos que precisa ser reforçado e priorizado no processo seletivo, entendendo como cada candidato construiu sua carreira até o momento e se seu perfil e habilidades estão alinhados ao que é esperado e exigido na vaga em questão. Algo que, nem sempre, é demonstrado com clareza e efetividade nas entrevistas.

É normal que muitos recrutadores peçam para que os profissionais contêm, de forma geral, sobre toda a sua trajetória e experiências. Entretanto, é preciso ter clareza em como articular esses fatos e legados em cada empresa que passou, trazendo quais foram seus ciclos profissionais, suas entregas e resultados obtidos, aprendizados, maiores dificuldades, nível da área onde atuou e sua avaliação quanto à maturidade comparada antes de entrar e depois de sair.

Diante de tantas informações, muitos se perdem ao trazerem tantos relatos do passado, deixando os mais relevantes e atuais por último. O maior foco deve ser, em média, nos últimos cinco anos de sua carreira, pois são os que estão conduzindo sua jornada atualmente e moldando o que projeta de suas ambições futuras. Ou seja, conectar esses objetivos individuais e maiores entregáveis conquistados aos desafios da vaga em questão, destacando como seu repertório pode contribuir com essas metas.

Traga números que comprovem seu discurso e os impactos positivos que gerou nessas posições, gerando uma narrativa com contexto, ação e resultados práticos que demonstrem suas habilidades e esforços feitos. Adaptar sua história ao momento atual da empresa é o que trará mais assertividade nesta primeira boa impressão com o recrutador, além, é claro, de demonstrar interesse em conhecer mais profundamente o cenário que se encontram e onde desejam chegar.

Conforme o processo seletivo for se desenrolando e você for tendo um maior conhecimento a respeito da empresa em questão, estude, ao máximo, tudo o que puder sobre a companhia e sua cultura, reforçando sempre o quanto está interessado em contribuir com essa jornada. Um comportamento confiante e seguro que pode contribuir com percepções bastante positivas nesta avaliação.

Em um mercado cada vez mais digitalizado, os detalhes fazem toda a diferença no destaque frente aos concorrentes ao vender seu peixe. Preze sempre por uma comunicação clara e concisa sobre sua trajetória e resultados, assim como o que está te motivando nesta movimentação de carreira e como o contexto desta oportunidade se encaixa nesses objetivos. Esse conjunto de postura e cuidados com a imagem podem torná-lo um candidato muito mais atraente aos recrutadores e com altas possibilidades de ser contratado.

Jordano Rischter é headhunter e sócio da Wide Executive Search, boutique de recrutamento executivo focado em posições de alta e média gestão.

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