Tarifa dos EUA pode fixar exportações das micro e pequenas indústrias brasileiras, alerta SIMPI

Com a iminência da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciados pelos Estados Unidos, o impacto para o setor industrial será profundo e especialmente devastador para as micro e pequenas empresas, alerta o SIMPI (Sindicato da Micro e Pequena Indústria).
Embora os pequenos negócios representem cerca de 1% das exportações brasileiras, esse percentual está totalmente comprometido diante do novo cenário. "A se manter uma tarifa de 50% sobre os produtos importados, significa que 100% de todos os negócios de exportação dos pequenos negócios diretos serão afetados. Isto sem contar aquilo que é indireto, porque na cadeia produtiva, a micro e a pequena empresa industrial é fornecedora da grande empresa, então ela é impactada também com esse cenário", afirma Joseph Couri, presidente do SIMPI.
De acordo com o dirigente, o risco maior é o redirecionamento de contratos e pedidos a outros países com taxas mais competitivas. "Esse 1% será perdido, por quê? Dos 12% da exportação referente ao PIB brasileiro. Este 1% de perda está vinculado a essa tarifa. E por que a perda? Porque os outros países, com uma tarifa menor, fazem com que haja uma realocação desses pedidos para outros países ", explica.
